O muito que sabe a pouco

É estranho ter a casa cheia e ao mesmo tempo sentir a casa vazia.

Mas a vida continua, a vida não pára e nós temos de continuar a vivê-la enquanto por cá estamos. Parece egoísta da minha parte dizer isto. Mas a realidade é esta. Por muito que nos custe, o não estar fisicamente com as pessoas torna-nos capazes, não de esquecer, mas de nos habituarmos à ideia de que agora é assim e de que conseguiremos sobreviver.

O tempo é o melhor aliado.

Não cura. Remedeia. Daí que eu sinta a casa cheia e me alegre por isso, mas sinta a falta de algo. É o muito que sabe a pouco. Porque aqueles que sempre nos acompanharam nunca serão esquecidos. Porque aqueles que amamos nunca serão apagados do nosso coração.

Daniela Barra